Minha Casa, Minha Vida impulsiona crescimento do mercado imobiliário em 2024

Programa habitacional lidera crescimento do setor, com recordes de lançamentos e vendas no terceiro trimestre. Especialistas alertam para desafios fiscais que podem impactar 2025.

Crescimento impulsionado pelo Minha Casa, Minha Vida atinge recordes históricos no setor imobiliário

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) é o principal motor do crescimento no mercado imobiliário em 2024. Segundo dados divulgados pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), os lançamentos aumentaram 31,8% no terceiro trimestre deste ano, enquanto as vendas de imóveis dispararam 46,9% em comparação ao mesmo período de 2023.

Com quase metade das unidades lançadas pertencentes ao programa, o setor vive um ano considerado “excepcional”, mas enfrenta incertezas para 2025 devido à pressão por ajustes fiscais e custos elevados.

A força do Minha Casa, Minha Vida em 2024

Criado para democratizar o acesso à moradia, o Minha Casa, Minha Vida é um programa habitacional que oferece subsídios governamentais para famílias de baixa renda. Em 2023, passou por ajustes que ampliaram sua abrangência e reforçaram seu impacto no setor.

No terceiro trimestre de 2024, o programa representou 50% dos lançamentos imobiliários, com 47.525 unidades lançadas. Além disso, o número de imóveis vendidos sob o MCMV atingiu 46.142, um crescimento significativo frente ao mesmo período de 2023.

. Minha Casa, Minha Vida aquece mercado imobiliário com mais da metade dos lançamentos do terceiro trimestre de 2024

Destaque para o segmento de habitação econômica

O segmento residencial econômico, puxado pelo Minha Casa, Minha Vida, mostrou crescimento expressivo. Segundo a pesquisa Abrainc-Deloitte, houve alta de 10,1% na procura e 9,2% nas vendas de imóveis dessa categoria em comparação ao trimestre anterior.

Embora o MCMV lidere em volume, os imóveis de médio e alto padrão também registraram crescimento. Os lançamentos totais do mercado aumentaram 20,1%, enquanto as vendas gerais subiram 20,8%, alcançando 105.921 unidades no período.

Custos de construção e valorização do metro quadrado

Uma pesquisa da Abrainc-Deloitte aponta que os preços dos imóveis residenciais subiram 5,5% no MCMV e 3,5% no segmento de médio e alto padrão. Essa alta é impulsionada pelos custos de construção e pela valorização do metro quadrado em grandes centros urbanos.

A falta de trabalhadores qualificados é um dos maiores desafios enfrentados pelo setor, elevando os custos e pressionando as margens de lucro das construtoras.

Especialistas da CBIC alertam que cortes no orçamento do FGTS podem limitar o acesso ao financiamento habitacional. Além disso, a instabilidade fiscal pode elevar os juros futuros, encarecendo o crédito imobiliário.

Perspectivas para 2025: otimismo cauteloso

Para sustentar o crescimento atual, é crucial que o governo sinalize estabilidade fiscal e manutenção de taxas de juros acessíveis. Essas medidas são essenciais para garantir o financiamento de programas como o MCMV.

Além de gerar empregos, o mercado imobiliário é um indicador-chave do desempenho econômico. Programas como o Minha Casa, Minha Vida desempenham papel central na dinamização do setor e na melhoria das condições de moradia no Brasil.

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