Apartamentos Compactos Têm o m² Mais Caro

O mercado imobiliário brasileiro tem apresentado um aumento significativo nos preços dos imóveis residenciais, especialmente os apartamentos compactos. Segundo o Índice FipeZAP, que monitora mensalmente o comportamento dos preços em 50 cidades brasileiras, houve um aumento de 0,74% nos preços de venda em maio, impulsionado principalmente pelos apartamentos de um dormitório.

Os apartamentos compactos, com até um dormitório, registraram um aumento de 0,89% no preço por metro quadrado, atingindo uma média de R$ 10,6 mil/m². Este valor é superior ao dos apartamentos de dois dormitórios (R$ 8,05 mil/m²), três dormitórios (R$ 8,7 mil/m²) e quatro ou mais dormitórios (R$ 10,2 mil/m²).

Apartamentos compactos são mais caros que unidades maiores (Diana Robinson/Getty Images)

A Influência da Urbanização

Desde a década de 1980, a crescente urbanização resultou em áreas densamente povoadas, levando à criação de imóveis compactos, geralmente com até 45 m² e um dormitório, localizados em áreas valorizadas. Paula Reis, economista do DataZAP, explica que, apesar de terem um custo total mais acessível, esses imóveis apresentam um preço por metro quadrado mais alto devido à localização em bairros com infraestrutura de transportes, serviços e comércio.

Vantagens para Investidores

Para investidores, os apartamentos compactos são uma opção atraente. Dados de abril de 2024 mostram que o retorno médio do aluguel desses imóveis foi de 6,57% ao ano, acima da taxa de juros real, que ficou em 6,41%. Esse rendimento superior faz dos compactos uma excelente escolha para quem busca rentabilidade no mercado imobiliário.

Onde os Preços Mais Subiram?

O levantamento do Índice FipeZAP mostrou que os preços de venda subiram em 47 das 50 cidades monitoradas. Entre as capitais, Curitiba (PR) liderou com um aumento de 1,88%. Outras capitais que se destacaram incluem Goiânia (1,47%), Maceió (1,27%), e Salvador (1,18%).

Apesar do aumento contínuo em Curitiba, Paula Reis alerta que a tendência pode mudar. A redução do ritmo de cortes da Selic e o desaquecimento do mercado de trabalho na região podem diminuir a demanda por imóveis verticais, impactando os preços de venda.

Veja a lista das variações entre as capitais:

  • Curitiba/PR (+1,88%)
  • Goiânia/GO (+1,47%)
  • Maceió/AL (+1,27%)
  • Salvador/BA (+1,18%)
  • Florianópolis/SC (+1,05%)
  • Belo Horizonte/MG (+0,98%)
  • Vitória/ES (+0,94%)
  • João Pessoa/PB (+0,92%)
  • São Paulo/SP (+0,72%)
  • Porto Alegre/RS (+0,65%)
  • Recife/PE (+0,60%)
  • Fortaleza/CE (+0,59%)
  • Brasília/DF (+0,52%)
  • Manaus/AM (+0,38%)
  • Rio de Janeiro/RJ (+0,29%)

Cidades como Campo Grande, Canoas e Santa Maria registraram quedas nos preços de venda.

Metodologia do Índice FipeZAP

O Índice FipeZAP é um indicador de preços de imóveis residenciais e comerciais, calculado pela Fipe com base em anúncios de venda e locação nos portais ZAP (VivaReal e Zap Imóveis). Para o segmento residencial, são analisados anúncios de apartamentos prontos em até 50 cidades. No segmento comercial, o índice considera salas e conjuntos comerciais de até 200 m² em 10 cidades.

Conclusão

Entender a dinâmica dos preços no mercado imobiliário é importante para proprietários e investidores que desejam vender um imóvel mais rápido e obter melhores retornos. A valorização dos apartamentos compactos, em particular, destaca a importância de considerar a localização e o potencial de rendimento ao fazer um investimento. Com plataformas como a Imóvelp, o processo de venda pode ser ainda mais eficiente e rápido, ajudando proprietários a alcançar seus objetivos no mercado imobiliário.

Fonte: Exame

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